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Discurso empreendedor na universidade

Os tipos de serviços empreendedores que uma instituição de ensino superior pode oferecer aos seus estudantes

IDEIA EM CONSTRUÇÃO

Gabriel Brum

    O papel da universidade é de formar profissionais globalizados capazes de mudar o mundo. Além de alinhar teoria e prática e promover o debate em sala de aula, as instituições de ensino superior têm apostado cada vez mais no discurso do empreendedorismo. A Universidade Veiga de Almeida (UVA) é uma dessas instituições. Pelos quatro campi são ofertados aos alunos diversos serviços ligados ao tema.

    Um bom exemplo disso são as empresas juniores. Presente em todas as unidades, ela tem como objetivo desenvolver o lado pessoal e profissional dos membros por meio da vivência empresarial, realizando projetos e serviços nas áreas em que estão matriculados. A Salto Consultoria, do campus Tijuca, recruta alunos de Direito, Ciências da Computação, Relações Internacionais, todas as Engenharias, entre outros cursos.

    “A Salto é a empresa que todos têm o sonho de trabalhar, pois você é quem comanda, você é o dono. É um lugar onde os integrantes se desafiam todos os dias e que possibilita um jovem de 20 anos ser diretor ou presidente”, destaca Carolina Celles, presidente da empresa júnior. Ela conta que a vivência empresarial já rendeu diversas experiências gratificantes, como o contato com organizações internacionais por meio de congressos.

    Desde junho a Salto faz parte da Federação de Empresas Júniores do Estado do Rio de Janeiro (Rio Júnior).  Com isso ela passa a receber suporte de outras empresas juniores quando necessário tanto em termos de capacitação dos membros quanto no auxílio em gestão. “Buscamos levar o conceito de empresa júnior para fora da Universidade para impactar a sociedade, desenvolver o conhecimento e difundir o empreendedorismo”.

    Outro local de incentivo é o Núcleo de Empreendedorismo. Inaugurado esse ano, o espaço tem como sede o Laboratório de Ideias (LabIdeias) e promove por meio de encontros a criatividade dos alunos. Ao longo do segundo semestre a Diretoria de Extensão da UVA, junto com a Direção Acadêmica, lançaram o Desafio Empreendedor UVA, que tinha como objetivo buscar entre estudantes e egressos projetos que impactassem positivamente o mundo.

     Mais de 100 ideias foram inscritas e ao longo de seis meses

de preparação foram selecionados quatro projetos para chegar a grande final. Leonardo Carneiro, aluno de Administração, foi o grande vencedor da competição. Uma banca avaliadora especializada em empreendimento escolheu o projeto dele, que une bar com jogos eletrônicos. “Eu e meu amigo vimos que era um mercado crescente na Europa, mas que era pouco explorado no Brasil. Como é uma área que gostamos decidimos montar nosso próprio negócio”.

    Ele e o amigo, promovido a sócio, já procuram lugares pela cidade do Rio de Janeiro para transformar o projeto em realidade. O grande prêmio da disputa era uma bolsa de estudo da pós-graduação da Veiga. A ideia é usar essa oportunidade de estudo para aprimorar mais o bar e fazê-lo ter sucesso. A segunda edição do Desafio Empreendedor UVA já está certa para o próximo ano.

    Projetos de extensão também fazem parte do discurso empreendedor da UVA. Entre os muitos ofertados está o Arte Sem Fronteiras. A iniciativa é juntar dois protagonistas do futuro brasileiro e mundial: o artesão e o aluno universitário. “Para o primeiro temos trabalhado na direção de mostrar a necessidade em trazer a dignidade dos artesãos brasileiros, enquanto para o segundo temos criado ferramentas que possam estimular os estudantes de diversos cursos a participarem deste projeto”, informa Bruna Lombardo, uma das participantes do Arte.

   Os materiais confeccionados pelos alunos durante os encontros ficam expostos numa loja alugada no Centro da cidade. O projeto, aliás, serviu de base para a seleção de Bruna no Programa Shell. “Eu já conhecia o programa e sempre quis participar, mas só depois que entrei no Artes Sem Fronteiras que eu me senti preparada para participar. Mas fiz tudo em segredo e só contei aos demais alunos quando fui selecionada”.

    A participação do projeto de extensão no Programa Shell contou com a colaboração da Salto Consultoria. “Esse trabalho em equipe é ótimo, pois mostra que estamos sendo preparados para ser empreendedores no mercado”, finaliza Bruna.

Fotos: Arquivo pessoal
Fotos da reunião da Salto Consultoria, empresa júnior da UVA Tijuca e dos materiais confeccionados pelos estudantes do projeto de extensão Artes sem Fronteiras
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